quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

www.ctfis-acores.org

Temos uma web! Continua connosco!!

O Centro de Terapia Familiar e Intervenção Sistémica continua on-line para resolver dúvidas, marcar consultas...e continuar a dar a conhecer a Terapia Familiar, de casal e Individual. Continua connosco na nossa nova web!
Espreita!! e Desfruta!!

www.ctfis-acores.org

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Seminário “FAMÍLIAS: Mudanças e Desafios - 15 anos a navegar com as famílias entre os séculos XX e XXI”.


No âmbito da celebração dos quinze anos de existência do Centro de Terapia Familiar e Intervenção Sistémica (CTFIS) esta instituição vai realizar o seminário intitulado “FAMÍLIAS: Mudanças e Desafios - 15 anos a navegar com as famílias entre os séculos XX e XXI”.

O seminário, dirigido a todos os profissionais da área social, saúde, educacional e judicial, terá como palestrantes o Dr. Manuel Lemos Peixoto (Presidente da Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar), a Dra. Sónia Guadalupe (Professora no Instituto Superior Miguel Torga em Coimbra), o Dr. Carlos Gonzalez (Terapeuta Familiar, Psicólogo no Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada) e o Dr. Nuno Ferreira (Diretor do Núcleo dos Açores da Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais). Este seminário contará ainda com a participação do Prof. Dr. Valentín Escudero, da Universidade da Coruña, para além de comunicações e workshops realizados pela equipa do CTFIS.
Esta iniciativa pretende dar a conhecer o trabalho desenvolvido pelo CTFIS ao longo destes 15 anos, ao mesmo tempo que se quer afirmar como um espaço de reflexão sobre o futuro e de encontro entre os profissionais do arquipélago que intervêm com as famílias em diferentes contextos. O seminário assume-se, como uma oportunidade para (re)pensar as mudanças e os desafios constantes com que as famílias e os profissionais se deparam numa sociedade em constante transformação. 
Mais informações:

www.seminario-ctfis.azores.net


segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Crenças, convicções e Dependência



“Não posso viver sem ti”.
A categoria de crenças e convicções, é um pouco particular, na medida em que reúne de modo específico todo um feixe de crenças e convicções sobre si mesmo, sobre o outro, o amor, a relação, os homens e as mulheres. Trata-se de uma interacção de certezas que instalam processos de dependência no casal ou de co-dependência.
Na dependência existe uma pessoa dependente e um “fornecedor do objecto de dependência”. Se tomarmos como exemplo as condutas aditivas tal como a toxicodependência, deparamos com a pessoa dependente (o doente toxicómano), com o fornecedor (o vendedor) e com o objecto de dependência (o produto). Numa relação amorosa o esquema é o mesmo. Quando uma pessoa afirma: “Preciso de ti”. Está numa situação de procura e espera que o outro se torne o seu fornecedor de bem-estar, qualquer que seja a sua forma: sentimento de existir, de ser “uma pessoa bem”. Quanto ao fornecedor, este precisa na co-dependência- de poder desempenhar esse papel e de se sentir indispensável- é essa a sua razão de ser.
Uma codependência pode tornar-se depressa um suplício quando a pessoa dependente vive uma tortura quotidiana, face à ideia de uma ruptura potencial. Se o seu fornecedor deixar de lhe fornecer o objecto de dependência quem o fará? Quem responderá à sua procura? Quem poderá satisfazer as suas expectativas? A pessoa dependente tem a particularidade de estar persuadida que não consegue encontrar em si mesma os recursos para sobreviver à falta de produto, ideia que, por si só, a aterroriza.
Não haverá “algo que não bate certo” na ideia que consiste em pensar que “sem ele não me posso sentir completa”, “sem ela eu não sou nada”, “a minha felicidade só depende dele”, “ sem ela, a minha vida não valeria a pena ser vivida”? Frequentemente é por julgarmos precisamente que não podemos viver sem uma certa pessoa que somos geralmente incapazes de viver bem com ela.
Às vezes, os fornecedores estão cansados e, sobretudo, como na toxicodependência, é preciso ir aumentando as doses para evitar a aparição da síndrome de abstinência. O dependente pede cada vez mais, a quantidade nunca lhe chega (é o fenómeno de habituação), a sua ansiedade cresce e o fornecedor arrisca-se a ficar esfalfado. Mesmo que ele precise deste pedido para ter uma razão para existir, acontece-lhe sentir-se ressentido quanto é tão solicitado que não dispões mais de tempo ou energia para se ocupar, um pouco que seja, de si próprio.
(…)
Entre os parceiros tece-se então um imbróglio de laços e de emoções que, por vezes, acabam por criar uma confusão entre o sentimento amoroso e esta situação de dependência.
(…)
                                                                                              “Viver bem a vida de casal” (Pag.128-130)

                                                                                                              Tenenbaum, Sylvie; Carlos Oliveira

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

O CTFIS e o Festival das Sopas

"No dia 7 de setembro o CTFIS estreou-se no XV Festival de Sopa em Ponta Delgada, da organização conjunta da Casa do Povo de Fajã de Baixo e Casa de Saúde de São Miguel!

O tipo de sopa a concurso, não foi de fácil decisão...após várias experimentações e provas, "dignas de um Chef", a "Sopa de Abrótea" foi a escolhida para o julgamento do voto popular.

O CTFIS não subiu ao pódio, mas a sopa foi muito apreciada e a panela esvaziou-se depressa!

Foi uma experiência diferente da intervenção quotidiana, mas complementar à ação comunitária e humana que rege esta Casa.

Bem haja à Organização do Festival e Obrigado a tod@s que votaram na Sopa n.º 12!

Até para o ano!

P'lo CTFIS

Carla Tavares
Carolina Almeida
Eva Cardoso

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

XV FESTIVAL DE SOPA - 7 DE SETEMBRO/PARTICIPAÇÃO CTFIS‏

 
O Festival de Sopa surge em Setembro de 1998, por iniciativa da Casa do Povo de Fajã de Baixo. No ano seguinte, é convidado o Instituto S. João de Deus – Casa de Saúde S. Miguel a associar-se a este evento, passando o Festival a ser organizado e realizado dentro da Casa de Saúde, no entanto, aberto a todos.

 Todos os anos, a Casa de Saúde S. Miguel acolhe no seu interior as mais de 2 mil pessoas que, ansiosamente, esperam pela oportunidade de se poderem deliciar com a vasta variedade de sopas apresentada e com mais algumas novidades que têm sido implementadas nos últimos anos.
Contamos com a sua presença, prometendo-lhe desde já um serão com muita sopa, animação e alegria!"


O CTFIS amanhã, pelas 19h, alia-se a este bonito e já emblemático evento da nossa cidade!

Vem provar a "Sopa do CTFIS"!! vamos concorrer e esperamos o teu VOTO!



Junta família e amigos e vem divertir-te em comunidade!

Os bilhetes podem ser adquiridos na Casa de Saúde a 5€ para crianças dos 6 aos 12 anos, para séniores com mais de 65 anos e para portadores de deficiência e a 8€ para pessoas dos dos 12 anos aos 64 anos!

O bilhete inclui a prova de todas as sopas, um pão com bifana e ainda 2 bebidas!
 
Vem divertir-te no arraial!

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

A Compaixão na intervenção psicológica


Ao ler o nosso blog, deparei-me com o texto da colega Eneida, que me deixou a pensar nesta mudança de paradigma sobre a qual ela nos questiona…

Os conceitos orientais invadiram, inegavelmente, várias áreas do conhecimento ocidental, e tornaram-se (quase) uma moda, para o bem e para o mal. Mas concordo com a Eneida, que nos faz pensar sobre a utilidade, neste caso, de muitos dos conceitos vindos da filosofia budista. De facto, tenho vindo a perceber que, como defende Dalai Lama (2003): “O budismo e a ciência não são perspectivas conflituosas sobre o mundo e sim diferentes abordagens para o mesmo fim: a busca da verdade […] expandindo o nosso conhecimento e compreensão.”

Para mim, um dos conceitos inspirado na filosofia budista que me parece poder ser um grande contributo para a prática da Psicologia (e para a intervenção na área social em geral) é o conceito de compaixão. De facto, se o sofrimento é uma experiência inerente à condição humana, bem como as nossas tentativas de o cessar, o que poderemos fazer para escapar à “ignorância” que a Eneida refere e que nos mantém neste ciclo vicioso de mais sofrimento (ou dukka, também traduzido como doença…) sempre que procuramos sair dele?

A propósito, escreve Gilbert (2009): “A compaixão (que é um componente do loving-kindness) envolve estar aberto ao sofrimento de si mesmo e dos outros, de uma forma não defensiva e não crítica. A compaixão também envolve um desejo de aliviar o sofrimento, cognições relacionadas com a compreensão das causas do sofrimento, e comportamentos – agir com compaixão. Assim, é da combinação de motivos, emoções, pensamentos e comportamentos que a compaixão emerge. […] Todos os seres sensitivos procuram estar livres de sofrimento. Contudo, muitas das nossas formas de tentar reduzir ameaças e alivar o nosso próprio sofrimento e angústia, tais como buscar o amor/aprovação de outros humanos, fama, glória, sexo ou saúde podem oferecer-nos apenas um conforto temporário (todas as coisas são inconstantes). Mais que isso, podem deixar-nos ainda piores na medida em que podemos vir a desejá-las, temer a sua perda ou, na sua busca, podemos distorcer o nosso sentimento de self e criar inveja e sofrimento nos outros. Buda argumenta que “tornar-se iluminado” e criar um estado interno de “estar numa felicidade pacífica” seria ver para lá destas “ilusões e aflições” através do treino da mente. Cultivar o loving-kindness e a compaixão por si mesmo e pelos outros seria um caminho para a libertação do sofrimento para todos.” 

Se por um lado, por inúmeras variáveis, o ser humano mostra frequentemente a sua tendência para a crueldade e agressividade, é igualmente verdade que a afiliação, o cuidado, a empatia e a compaixão parecem ser tão ou mais uma tendência natural dos seres humanos. E parece que as evidências apontam cada vez mais nesse sentido (e.g., http://visao.sapo.pt/estudo-mostra-que-cerebro-nao-distingue-o-eu-do-outros=f746771).

Não sei se abraçar estes conceitos representa a mudança de paradigma sobre a qual a Eneida nos questiona, mas faz-me muito sentido que a aceitação compassiva da experiência, sem crítica nem julgamento, possa minimizar muita das nossas angústias que, na sua maioria, têm a sua raiz num passado que não conseguimos mudar ou num futuro que não podemos controlar… Resta-nos o presente, por isso, sejam compassivos … J

 

Marta Capinha